Em um mercado saturado e concorrido como aqui do Reino Unido, faz total sentido as agências procurarem mercados emergentes como o Brasil para expandir seus negócios. Além disso, a percepção do país aqui na ilha é de que o Brasil caminha para se tornar uma potência mundial nos próximos anos. Com uma econômia estável, uma classe média em crescimento ávida por novos produtos e sediando a Copa e as Olimpíadas, o país passa uma imagem de paraíso consumidor aos olhos cansados dos britânicos ainda de ressaca da recessão de 2008 e preocupados com recente crise na vizinha Irlanda. É literalmente um país para ingles ver.
De olho nesta oportunidade, agências como a Wieden & Kennedy e até mesmo o grupo no qual trabalho,Engine, estão de malas prontas para aportar em solo brasileiro e abocanhar uma parcela desta prosperidade.
Só que o mercado brasileiro é bem diferente do que eles estão acostumados. Mídia e criação não são entidades separadas como acontece por aqui, por exemplo. E ainda que, culturalmente, a gente seja mais parecido com os ingleses do que os chineses, para citar outra potência emergente, ainda assim o consumidor, linguagem e a cultura do Brasil são bem específicos, com grandes variações locais.
Por outro lado, paradoxalmente cada vez mais vemos talentos migrarem para o exterior atrás de novas oportunidades. Como bem observou meu amigo Zambrano (@workforfood): “O grande fenômeno do século 21: Agências querem ir pro Brasil e criativos querem sair do Brasil. Bora achar um meio termo?”
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