1 de fev. de 2011

Boas histórias ?

Fonte: CHMKT

Tenho visto muitas apresentações e briefs criativos (preenchidos) de várias agências - grandes e pequenas, independentes e multinacionais. E o título acima ilustra bem o que tem rolado: algumas ótimas histórias (bem contadas, com personagens, fluência, ótima trama, vídeos, etc) e uma maioria de amontoados de dados em modelos prontos e burocráticos de apresentação.

Por isso mesmo, resolvi resgatar um momento bem importante que rolou nas discussões de Planejamento há alguns anos. Mais precisamente em 2008, na Conferência do GP. 


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Em uma das sessões paralelas, o Daniel De Tomazo, hoje na DM9DDB, mas na época Diretor de Planejamento da JWT, fez uma palestra fantástica que ele chamou deStoryPlanning: Planejadores e boas histórias fazem a diferença. Essa apresentação foi um marco pra mim, pois influenciou muito na forma como trabalho.

Segundo ele, não se trata de uma teoria sobre planejamento, mas de uma experiência compartilhada de algo interessante que eles estavam fazendo dentro do planejamento da JWT Brasil, com resultados bem legais. O assunto foi ‘contar histórias dentro do contexto de planejamento, planejadores e agências’. Ou seja, inspirar a criação com histórias bem contadas, contar histórias para levar os clientes pelo caminho que você deseja até que entendam a estratégia por completo, criar comunicação que conta histórias, entre outras inúmeras possibilidades.

Mas pra que construir 'histórias de planejamento'?

1 - Como ele mesmo destacou, histórias são o jeito mais ancestral de se transmitir conhecimento. É a maneira como são construídas as tradições - de geração em geração. E isso demonstra o quanto uma boa história funciona.

2 - Muitas vezes a gente abandona a preocupação de contar uma boa história em favor de coisas bem menos nobres, como formatos prontos de apresentação de Planejamento, que são mais rápidos e com os quais o cliente está acostumado. E faz todo sentido quando disse que esse tipo de comportamento prejudica seriamente a qualidade do trabalho. Segundo ele, toda vez que conscientemente baixamos o nível das histórias que contamos, o trabalho está sendo mais mal feito.

3 - Ele acha fundamental a gente ter como premissa a idéia de que, seja qual for o formato, sempre dá pra contar uma boa história. Como conseqüência, em tudo que fazemos, precisamos buscar a construção de histórias interessantes, independente de qualquer coisa.

4 - Outra coisa que ele percebeu é que treinar contar histórias em formatos de planejamento exercita também a nossa cabeça para planejar melhor. Parece meio louco, disse ele, mas acredita que o exercício de contar histórias melhores pode ajudar a ter idéias melhores, pensamentos melhores, ser um planejador melhor.

Se quer mais sobre o tema, confira o PDF com o conteúdo da palestra - inclusive os comentários dele. É só clicar aqui

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