23 de dez. de 2010

O BOOTCAMP, SEGUNDO SÃO FRANCISCO #6

Fonte: Grupo de Planejamento





No último post da série o Denis Camargo se despede de São Francisco e divide com a gente o último pensamento sobre a formação de um planejador. E, por mais que a gente saiba, é sempre bom saber que nosso Brasil está muito valorizado lá fora.

Qual é a ideia que te impulsiona?
Há dez semanas recebemos um pedaço de papel em branco no qual devíamos responder a pergunta: “por que você quer trabalhar com planejamento?” Bom, eu já trabalho com planejamento e vi que essa questão eu já tinha resolvido. Passados os quase três meses de curso a pergunta volta um pouco diferente, dessa vez, para montar o book que é seu portfólio de planejamento.
O Book é a sua chance de contar quem você é, como pensa e mostrar seus cases de um jeito que reflitam sua personalidade. Ele é um Brief sobre você mesmo para que o diretor de planejamento tenha alguma idéia do que você pode fazer.
Ou seja, para elaborar seu book você tem que se confrontar com perguntas como “que tipo de planejador eu sou” e até “que tipo de pessoa eu sou”.
É muito mais difícil, útil e revelador do que pode parecer.­­
Eu percebi que o meu papel como planejador na maioria das vezes era melhorar a dinâmica entre o planejamento e a criação, isso porque boa parte do meu background é em direção de arte. Os criativos sentem que eles também são donos da estratégia, o planejamento também participa da geração de idéias.
Isso quer dizer que todos os cases devem refletir esse processo, e mostrar como, às vezes, contar com a ajuda dos criativos tornou a estratégia mais clara e outras vezes o planejamento levou a dupla a idéias ainda mais interessantes.
Tivemos muita sorte de contar com a ajuda da Archana Kumar, uma indiana diretora de planejamento da BBDO de NY para encontrar não apenas a resposta da famosa pergunta: “qual é o papel do planejador?”, mas qual é “qual é o seu propósito?” qual é a idéia que te move adiante? Sim, a reflexão foi longe, mas a indiana sabia o que estava fazendo.
Ela nos levou a encontrar nosso próprio propósito assim como toda marca deve definir sua “Brand proposition” ou “Brand Idea”. Archana definiu o sua própria proposição como “Stretch mind and soul”. Assim toda escolha profissional ou pessoal deve contribuir para esse objetivo. Se o papel do planejamento é questionar os porquês da marca, do consumidor e seu comportamento, é justo dedicar algum tempo sobre qual é o pensamento que norteia as próprias escolhas.
Assim termina essa série de posts sobre o Bootcamp em San Francisco, depois de dezenas de apresentações, aprendizados e amizades com pessoas incríveis que estão e ainda vão estar nas fichas dos Effies, Cannes e Jay Chiat por aí.
All eyes on Brazil.
Acabou de sair um programa sobre o Brasil no 60 minutes, que é um dos noticiários mais importantes daqui. Eu perdi a conta do número de americanos que estão pensando em ir pro Brasil seja para conhecer ou tentar trabalhar já que a economia aqui não está das melhores. Um sinal do crescimento do Brasil é a própria composição da sala do Bootcamp, dentre 18 pessoas, 5 eram brasileiros. Dentre os professores uma havia acabado de voltar do Brasil, outra já está com viagem marcada e um terceiro pontuou sobre o surpreendente número de brasileiros que estão em posições-chave nas maiores agências americanas.
O mundo está de olho no Brasil, agora é com a gente.

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