28 de jan. de 2011

60% da receita publicitária do Facebook é a-agência

Fonte: Fernand Alphen's Blog



O Facebook faturou no ano passado 1.86 bilhões de dólares em propaganda. Para uma empresa que ainda usa fraldas, é um resultado e tanto. Se esse número não chega a embevecer as megacorporações da mídia, o que impressiona é que 60% desse resultado é a chamada propaganda self-service, portanto sem agência de propaganda alguma no meio.

Em Nova York, depois que os fast-foods viraram o capeta da supercalórica fome americana, a nova tendência de comida barata (sim, tendência não é só pra arroto de rico) é invenção nossa: o serve-serve-a-quilo. Pelo menos enquanto a comilança a quilo não vira alvo da nova ativista Obama. O serve-serve-a-quilo é a proeza do paga  quanto pode comer. Ideal, mas constrangedor, seria pesar o cliente antes e depois da refeição, numa espécie de success-fee. Mais ou menos como a propaganda-monte-seu-prato do Facebook.
Aqui no Brasil, a miséria é pretexto sem-vergonha. Para um certo tipo de turismo, por exemplo. Para um certo tipo de diversão. Para um certo tipo de arte. É nossa maneira de esconder e aliviar a vergonha. Dilúvio sem precedente: lá vem aquela enxurrada de ajuda voluntária. Nego mora na tosqueira: lá vem aquele desfile cheio de brilho e nobreza. Cidade horrenda e suja: grafitti é arte, gente! Mais ou menos como a propaganda-faz-de-conta das grandes marcas na Internet.
Pangloss, o profeta do “tudo está bem no melhor dos mundos possíveis” acabou pedindo esmolas, sem perna nem braço. Filosofar sem mau humor dá nisso.

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